Prevalência e fatores de risco associados à anemia precoce pós-transplante renal no Instituto de Medicina Integral Prof Fernando Figueira

Abstract

Objetivos: Determinar a prevalência e os fatores associados à anemia precoce pós-transplante renal no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira. Métodos: Realizou-se um estudo do tipo coorte transversal com 227 pacientes adultos com idade entre 18 e 65 anos submetidos a transplante renal. Foram excluídos aqueles que receberam o enxerto de doadores vivos e os que sofreram perda do enxerto e óbito antes de seis meses após o transplante. As variáveis estudadas foram: anemia pré-transplante, anemia precoce e anemia tardia pós-transplante, tempo de isquemia, tipo de imunossupressão, disfunção precoce do enxerto, rejeição aguda, infecção de ferida operatória e oportunista, neoplasia, reoperação e óbito. Calculou-se a Razão de Prevalência (RP) e o seu Intervalo de Confiança a 95% (IC 95%) como medida do risco relativo. Adotou-se o nível de significância de 5%. Resultados: Em 77,5% dos pacientes houve anemia precoce pós-transplante, 78,9% apresentava anemia tardia e 76,2% disfunção precoce do enxerto. A média de creatinina com um mês de transplante foi de 2.51. Na análise multivariada de acordo com os níveis hierárquicos, apenas estiveram associadas à anemia precoce pós-transplante a creatinina superior a 2.0 mg/dl e uso do imunossupressor basiliximabe e micofenolato. Conclusão: A anemia precoce pós-transplante é um evento de alta prevalência e fatores como creatinina sérica acima de 2mg/dl e uso dos imunossupressores basiliximabe e micofenolato estão fortemente associados a este evento.