Cobertura vacinal de risco ocupacional entre os estudantes de medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde

Abstract

Objetivos: Analisar a situação vacinal de risco ocupacional dos estudantes de medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde. Métodos: Estudo descritivo transversal. A amostra foi por conveniência e contou com 251 estudantes do curso médico, distribuídos nos seis anos de graduação. A coleta aconteceu de março a maio de 2014. O formulário continha questões relativas ao uso das seguintes vacinas de risco ocupacional: BCG, hepatite B, tétano, difteria, tríplice viral, influenza e varicela. Foi verificada ainda a cobertura vacinal de hepatite A, coqueluche, meningococos e HPV. O questionário foi respondido de acordo com o cartão vacinal ou na ausência deste por informações conhecidas. Resultados: O uso da BCG ocorreu em 97,21% dos estudantes, sendo a melhor cobertura. Apenas 61,35% dos alunos tinham esquema completo para hepatite B. A última dose da dT tinha sido realizado há menos de dez anos em 56,57%. A cobertura com a tríplice viral e com a varicela foi respectivamente de 76,1% e 86,45%. Relativo à influenza, 43,43% dos alunos realizou a vacina na campanha anterior. A vacina de menor cobertura foi a coqueluche acelular para adultos com apenas 4,38%. Quando comparamos o cumprimento global adequado entre alunos do primeiro ao terceiro ano e do quarto ao sexto, observamos melhor cobertura nos anos finais da graduação (p<0,01). Outras vacinas analisadas foram hepatite A, HPV, meningococo C conjugada, meningococo quadrivalente conjugada com 14,74%, 15,94%, 24,3% e 9,56% de cobertura vacinal, respectivamente. Conclusões: A cobertura vacinal de risco ocupacional foi baixa nos estudantes de medicina e ações preventivas precisam ser implantadas.