Comportamento de risco para transtornos alimentares em estudantes de graduação em saúde em uma faculdade do Nordeste brasileiro após o isolamento social e a disseminação do Corona Vírus

Abstract

RESUMO Objetivo: Analisar a percepção da imagem corporal e comportamentos de risco para transtornos alimentares em acadêmicos de saúde, de uma faculdade de saúde em Recife após o período de isolamento social devido à pandemia do COVID-19. Metodologia: Pesquisa de caráter transversal, desenvolvida entre março de 2020 e março de 2021. Compreende estudantes entre 18 a 40 anos, matriculados em uma faculdade de saúde do Nordeste brasileiro. A coleta de dados foi realizada através do questionário eletrônico Lime Survey®, com aplicação de Critério de Classificação Econômica Brasil da ABEP, Body Shape Questionnaire (BSQ), Eating Attitudes Test-26 (EAT-26) e formulários previamente estruturados para a coleta de dados pessoais. Resultados: O estudo teve a participação de 62 estudantes de diferentes cursos de graduação. 74% não apresentaram preocupação com a imagem corporal. 18% alegaram que não sofreram impacto na sua alimentação com o isolamento social e 82,2 % sofreram impacto. Dos que sofreram impacto, 47% alegam que o impacto na alimentação foi regular. Identi ficou-se correlação entre as pontuações na escala BSQ e na escala EAT-26, correlação entre as mudanças na alimentação pelo isolamento social promovido pela pandemia e maiores pontuações na escala BSQ e correlação entre as escalas EAT-26 e BSQ e o nível de impacto na alimentação na pandemia. Conclusão: Esse estudo mostrou que, quanto maior a insatisfação corporal, maior o risco de desenvolvimento de transtorno alimentar. Palavras chave: transtornos nutricionais; transtornos da alimentação e da ingestão de alimentos; imagem corporal.