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Título: Análise do uso de benzodiazepínicos por idosos no Brasil: uma revisão sistemática rápida
Autor(es): NOGUEIRA, Pedro Luiz dos Anjos
COSTA, Juliana Monteiro
Palavras-chave: Idosos
Envelhecimento
Benzodiazepínicos
Brasil.
Data do documento: 2021
Resumo: RESUMO CENÁRIO Os idosos são o grupo etário que mais utiliza psicofármacos, pela presença frequente de comorbidades psiquiátricas e pela utilização desses medicamentos para alívio de condições somáticas. Com o declínio de aspectos farmacocinéticos e farmacodinâmicos, indivíduos de idade avançada têm maior sensibilidade a benzodiazepínicos e diminuição do metabolismo de agentes de longa ação. Em geral, todos os benzodiazepínicos aumentam risco de deficiência cognitiva, delírio, quedas, fraturas e acidentes de veículos motorizados em idosos. OBJETIVO Identificar e avaliar as evidências disponíveis sobre o uso de benzodiazepínicos por idosos no Brasil. METODOLOGIA: A busca por estudos foi realizada nas bases de dados Cochrane, PubMed/MedLine, BVS, ScienceDirect e Scielo; utilizando os Descritores de Ciências em Saúde (DeCS): idoso; envelhecimento; insônia; depressão; receptores benzodiazepínicos; Brasil; e Medical Subject Headings (MeSH): aged; aging; insomnia; depression; receptors, GABA-A; Brazil. A busca foi restrita a publicações dos últimos 5 anos. 15 estudos foram utilizados na síntese narrativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO A prevalência variou de 6,1% a 76,4%. Os fatores predisponentes ao uso de BZD e comorbidades que precipitam o uso de BZD são angústia, situações de estresse, dificuldades para enfrentar os problemas da vida cotidiana, falta de ânimo e motivação na vida, transtorno de personalidade e falecimento de familiares, ansiedade, depressão e insônia. O efeito dose-resposta foi relacionado à associação entre o número de psicofármacos (incluindo BZD) utilizados e a incapacidade para AIVD. Na avaliação dos domínios de capacidade funcional, aspecto físico, estado geral, dor, vitalidade, aspecto social, aspecto emocional e saúde mental, de idosos usuários de BZD, todos os domínios apresentaram valores abaixo de 70. Na análise da adequação de prescrições, a indicação de uso de BZD era inadequada e eram utilizados para além do período de tempo correto. Considerando os critérios 1, 2 e 3 de Beers/AGS/2015, a prevalência do uso de benzodiazepínicos por idosos institucionalizados foi de 30,7%, 25,3% e 24,0%, respectivamente. CONCUSÃO Apesar de benzodiazepínicos aumentarem em idosos o risco de déficit cognitivo, de quedas e fraturas, maior grau de sedação e comprometimento da performance psicomotora, essa revisão rápida não foi capaz de identificar qualquer análise formal sobre esses riscos e sua prevalência no Brasil. Alguns questionamentos podem ser úteis para a prescrição de BZD para idosos: O medicamento é realmente indicado para o paciente? O medicamento pode afetar a qualidade de vida do paciente (aumentar a fragilidade do idoso, risco de comprometimento cognitivo, predispor a síndrome geriátrica e quedas)? Palavras chave: Idosos; envelhecimento; benzodiazepínicos; Brasil.
Descrição: Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pernambucana de Saúde como requisito para a obtenção grau de Bacharel em Medicina.
URI: http://tcc.fps.edu.br:80/jspui/handle/fpsrepo/1000
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