Prevalência de fatores de riscos associados aos transtornos alimentares em homens de diferentes grupos socioambientais

Abstract

RESUMO Introdução: Os transtornos alimentares (TAs), são perturbações psiquiátricas que podem afetar a vida de uma pessoa em diferentes aspectos, como em seus ambientes familiares, pessoais e socioculturais. Esses transtornos são caracterizados por apresentar um comportamento alimentar desregulado, com conturbações em seus hábitos alimentares relacionados a uma preocupação moderada com a ingestão alimentar, o peso e a forma corporal, o que pode levar a hábitos alimentares prejudiciais à saúde. O presente estudo teve como objetivo identificar a prevalência de fatores de riscos associados aos transtornos alimentares em homens de diferentes grupos socioambientais. Metodologia: Assim foi realizado um estudo de corte transversal descritivo, cuja coleta de dados teve início em abril de 2024 e foi finalizada em julho de 2024. Foram coletadas as variáveis antropométricas peso e estatura, sociodemográficas (procedência, etnia, escolaridade, renda familiar) e sobre seu estilo de vida (atividade física). O procedimento de captação dos participantes ocorreu mediante o envio de um convite eletrônico/link, por meio de correio eletrônico ou mensagem de Whatsapp ou redes sociais, após a aprovação do CEP sob o CAAE: 63779122.1.0000.5201. Os dados obtidos foram digitados e armazenados em planilha do programa Microsoft Excel®, versão 2016 sendo os resultados encontrados expressos em gráficos e a análise dos dados aconteceu no programa SPSS versão 23.0. Resultados: Os resultados mostraram uma correlação positiva entre o somatório do EAT26, questionário utilizado para avaliar atitudes e comportamentos alimentares, especialmente em relação a distúrbios alimentares, e o IMC (Índice de Massa Corpórea), embora essa relação não tenha se mantido para o diagnóstico de transtornos alimentares (TA). A maioria dos participantes apresentou sobrepeso, e o uso frequente de redes sociais, predominando o WhatsApp (53,7%), isso pode influenciar negativamente a aceitação corporal. Apesar disso, 69,4% relataram satisfação com a autoimagem, possivelmente devido à amostra ser exclusivamente masculina. Observou-se uma tendência de maior prevalência de TA na faixa etária de 45 a 54 anos, sugerindo que estudos futuros aprofundem essa relação. Conclusão: Os resultados da pesquisa mostraram uma correlação positiva significativa entre o somatório do questionário EAT26 e o IMC (p=0,017), mas essa relação não se manteve ao associar o diagnóstico de transtornos alimentares (TA). A maioria dos participantes foi classificada com sobrepeso (43,97%), seguida por eutrofia (28,45%) e obesidade (19,83%). O WhatsApp foi a rede social mais utilizada (53,7%), com 80,6% relatando uso diário de até 4 horas. Apesar da influência das redes sociais na aceitação corporal, 69,4% dos participantes expressaram satisfação com sua autoimagem, com uma tendência de maior prevalência de TA entre 45 a 54 anos. Descritores: Anorexia Nervosa; Bulimia Nervosa; Exercício Compulsivo; Ortorexia Nervosa; Transtorno da Compulsão Alimentar.