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Título: Perfil Clínico e Microbiológico das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde nos Pacientes Transplantados Renais
Autor(es): CODEIRO, José Guilherme Batista
SANTOS JUNIOR, Felix Augusto dos
CORDEIRO, Karyne Albuquerque
NOGUEIRA, Juliana Vasconcelos
LIMA, Eduarda Roma
LIMA, Felipe de Assis
Palavras-chave: Infecção
Transplante renal
Agentes etiológicos
Imunossupressão
Data do documento: 2019
Resumo: Complicações infecciosas são as que mais frequentemente acometem pacientes submetidos a transplantes renais, principalmente decorrentes das terapias imunossupressoras. Diversos fatores estão associados à infecção no período pósoperatório e, por isso, cada serviço deve conhecer as características dos pacientes mais suscetíveis e a microbiota local visando à terapia empírica. OBJETIVO: Determinar a frequência, principais topografias, agentes etiológicos envolvidos, influência dos agentes imunossupressores, perfil e seguimento clínicos dos pacientes submetidos a transplante renal. MÉTODOS: estudo tipo coorte retrospectivo com dados dos prontuários de pacientes transplantados renais, no IMIP, no período de janeiro de 2015 a junho de 2018. Foram coletadas variáveis para caracterizar a amostra (sexo, idade, comorbidades, data do transplante), a infecção (sobrevida livre de infecção, terapia imunossupressora utilizada, número total e topografia das infecções, número de hospitalizações) e evolução clínica. Foi realizada uma análise descritiva e o teste do quiquadrado foi utilizado para comparar a frequência das variáveis categóricas da amostra e o teste t de student para as contíuas. Diferenças consideradas significantes se valor de p menor que 0,05. RESULTADOS: Ocorreram 710 transplantes renais no período do estudo e foram analisados 702 prontuários (8 foram considerados como perdas); pacientes tinham em média 44,4±13,9 anos, 420 (59,8%) do sexo masculino. Foram encontrados 771 casos de infecção em 527 (75,1%) pacientes nos três primeiros meses pós-operatório. Desses pacientes, 278 (52,7%) estavam na faixa etária entre 30 a 49 anos. As comorbidades mais frequentes naqueles que tiveram infecção foram: hipertensão arterial crônica (40,9%) e diabetes mellitus (19%). Os primeiros episódios de infecção aconteceram em 61,7% dos pacientes entre o 31º e o 60º dia póstransplante. As principais topografias das infecções foram corrente sanguínea (79,9%) e trato urinário (13,4%).. A hospitalização esteve associada à infecção na maioria (99%) dos pacientes que necessitaram internamento. Entre os agentes etiológicos, o citomegalovírus (CMV) foi o agente etiológico envolvido em 65,0 % do total de infecções, a Klebsiella spp em 13,1%, Escherichia coli em 7,5% e Proteus mirabilis em 1,3%. A imunossupressão envolvendo a ciclosporina foi associada à maior taxa de infecção (84,0% dos pacientes que fizeram uso dessa medicação). CONCLUSÃO: as complicações infecciosas em pacientes pós-transplantes renais até o 3º mês têm alta incidência. O principal agente etiológico identificado foi o CMV e a principal topografia as infecções de corrente sanguínea.
Descrição: Orientador: Guilherme Jorge Costa
URI: http://tcc.fps.local:80/handle/fpsrepo/496
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