Pacientes pediátricos submetidos à cirurgia de hipospádia: uma série de casos

Abstract

RESUMO Objetivos: Descrever as apresentações clínicas pós-operatórias, a conduta cirúrgica e o seguimento de pacientes portadores de hipospádia. Métodos: Estudo observacional, do tipo série de casos com 16 pacientes submetidos à correção de hipospádia. Resultados: Dos pacientes avaliados, a média de idade foi de 3,58 anos. Foram classificados com hipospádia distal 69% dos pacientes, média-peniana 12% e proximal 19%. Nove meninos tinham realizado cirurgia prévia, dos quais sete fizeram correção de hipospádia e dois de herniorrafia inguinal. Verificou-se que 56,25% fizeram uso prévio de testosterona, sendo que 33,33% não apresentaram nenhuma complicação pós-operatória. A técnica cirúrgica Tubulização em Placa Incisada (TIP) foi realizada em 13 pacientes. Observou-se que 75% apresentaram complicações, dentre elas 43,75% fístula uretral, 37,5% deiscência parcial de sutura, 31,25% estenose uretral, 18,75% edema de prepúcio, 12,5% necrose subglandar e 6,25% chordee residual. Conclusões: Os achados foram compatíveis com a literatura quanto às complicações mais prevalentes, em particular, fístula uretral. A deiscência foi a apresentação clínica mais relatada de forma precoce. Além disso, as taxas de complicações foram maiores nos pacientes com hipospádia mais agressivas. A idade média dos pacientes estava aproximadamente dois anos acima da faixa etária ideal para a correção, contribuindo possivelmente para maiores taxas de complicações. Palavras-Chave: malformação congênita, hipospádia, uretra.