Associação da dosagem de Creatinofosfoquinase com a mortalidade pela Covid-19: um estudo transversal

Abstract

RESUMO Introdução: Desde março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou estado de pandemia pela COVID-19, doença causada pelo SARS-CoV-2, que varia desde quadros assintomáticos até casos de envolvimento sistêmico, inclusive acometendo o sistema nervoso central ou periférico. Fadiga, mialgia e aumento variável de creatinofosfoquinase são as manifestações mais comuns desse último grupo de envolvimento. Níveis elevados da enzima creatinofosfoquinase tem sido identificado em pacientes admitidos com COVID-19, o que sugere uma relação entre a infecção e lesão de músculos esqueléticos. Essa alteração laboratorial pode chegar a 45,7% dos acometidos e os níveis elevados dessa enzima podem se correlacionar a um pior prognóstico. Assim, o presente estudo se propôs a investigar a relação entre o aumento dos níveis de CPK durante a infecção aguda e o prognóstico da doença. Método: Trata-se de um estudo transversal, realizado através da aplicação de formulários padronizados para a coleta de dados de prontuários de pacientes internados por COVID-19 no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira entre os anos de 2020 e 2021. Resultados: Foram coletados dados de 293 pacientes. A dosagem de CPK variou de 9,0 a 17.415U/L. Pouco mais da metade dos pacientes evoluíram para o óbito, totalizando 50,9% dos casos estudados. Conclusão: O presente estudo demonstrou que níveis elevados de CPK estão associados a piores desfechos nos pacientes com COVID-19. Palavras-chave: COVID-19; Creatina Quinase; Mortalidade