Consumo de bebidas energéticas por estudantes de medicina numa faculdade do nordeste brasileiro

Abstract

RESUMO Introdução: O consumo de bebidas energéticas (BEs) tem apresentado um rápido crescimento global, especialmente entre universitários, devido aos seus efeitos estimulantes no sistema nervoso. Estudantes de medicina, em particular, recorrem às BEs para diminuir a fadiga e elevar o estado de alerta frente a rotinas estressantes. Contudo, seus efeitos adversos, especialmente nos sistemas cardiovascular e neural, ainda demandam maior investigação. Objetivo: Determinar a prevalência, os fatores motivacionais e os efeitos adversos percebidos do consumo de BEs entre estudantes de medicina de uma faculdade em Recife, PE. Método: Foi realizado um estudo transversal analítico com 325 estudantes de medicina, que responderam a um questionário validado sobre o consumo de bebidas energéticas, hábitos de vida e percepção de riscos. Resultado: A prevalência de consumo de BEs foi de 56,6%. O uso foi predominantemente mensal (40,0%), motivado principalmente pela necessidade de aumentar a energia física (34,7%) e a concentração (26,3%). O consumo associado a bebidas alcoólicas foi relatado por 22,1% dos participantes. Conclusão: O consumo de energéticos é elevado entre os estudantes analisados, superando índices de outras regiões, e está intrinsecamente associado às demandas da graduação. Os achados reforçam a necessidade de políticas institucionais para promover o bem-estar e orientar sobre os riscos do uso de estimulantes. Palavras-chave (DeCS): Estudantes de Medicina. Bebidas Energéticas. Consumo. Efeitos Adversos.